segunda-feira, 21 de março de 2011

Atas das reuniões da AEL Jorge Amado de fevereiro e março de 2011.

11/02/2011 – 1ª reunião da AEL Jorge Amado da Emef Prof. Nelson Pimentel Queiroz do ano de 2011.
Aos onze dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e onze, os acadêmicos da Academia Estudantil de Letras (AEL) Jorge Amado reuniram-se com os professores coordenadores, Prof. Valmi e profª Maria Aparecida, no período de 11h55min às 13h25min.
No início da reunião, o prof. Valmi explicou aos acadêmicos como serão as reuniões da AEL em 2011. Recordou para os acadêmicos algumas regras de conduta, como ser pontual, saber ouvir o outro com respeito e atenção, ou seja, ter uma postura acadêmica.
Como neste dia chegaram quatro novos acadêmicos, Guilherme da Cunha Alves, Joyce Regina Sales, Stephani Lemos e Alexandre César Pereira La Pastilha, o prof. Valmi explicou-lhes rapidamente como funcionam as reuniões da AEL e também a respeito dos passeios que os acadêmicos fazem.
Após isso, os prof. Valmi disse aos acadêmicos que em 2011 iremos retomar algumas atividades que fazíamos em 2010, como cantar a “Canção da paz” no início da reunião e praticar alguns exercícios de relaxamento e de respiração também no início das reuniões.
Na sequência, o prof. Valmi disse aos acadêmicos que, neste ano letivo, eles farão trabalhos em grupos, pesquisas na Internet na sala de informática da escola, leituras, seminários, saraus e passeios.
A seguir, o prof. Valmi explicou que, em 2011, a AEL fará dois eventos muito importantes: na semana de 9 a 13 de maio, aniversário da AEL Jorge Amado, organizaremos alguns eventos comemorativos e, na semana de 8 a 12 de agosto (o aniversário de nascimento de Jorge Amado é no dia 10/08), faremos uma semana cultural.
Após isso, o prof. Valmi disse que, até o final do ano, a AEL fará pelo menos quatro passeios. Sugeriu visitas aos seguintes locais: Museu do Futebol, Parque do Ibirapuera, Museu do Ipiranga, Museu da Casa Brasileira, Biblioteca Municipal Mário de Andrade, cinemas e teatros. O professor fez uma votação e os acadêmicos deram dez votos para o Museu do Futebol, oito para o Parque o Ibirapuera, quatro para o Museu do Ipiranga, dois para o Museu da Casa Brasileira, um para a Biblioteca Pública e todos votaram a favor de ir ao cinema e ao teatro.
Na sequência, os acadêmicos leram o conto “Os três irmãos ou as relíquias da morte”, de J.K. Rowling. O texto foi comentado e, a seguir, os acadêmicos assistiram à parte do filme “Harry Poter e as relíquias da morte” que mostra os episódios tratados nesse conto. Assim, a reunião foi encerrada.





18/02/2011 – segunda reunião da AEL Jorge Amado da Emef Prof. Nelson Pimentel Queiroz do ano de 2011.
Aos dezoito dias do mês de fevereiro de dois mil e onze, os acadêmicos da Academia Estudantil de Letras (AEL) Jorge Amado reuniram-se com os coordenadores, Prof. Valmi e Profª Maria Aparecida, no período de 11h55min às 13h25min.
A reunião foi iniciada com mais ou menos dez minutos de prática de exercícios de relaxamento e de respiração.
O Prof. Valmi, em seguida, fez com os acadêmicos uma dinâmica. Entregou a eles uma folha para eles responderem as seguintes perguntas: 1ª O que é mais importante na sua vida? 2ª O que você faz para manter o que é mais importante na sua vida? 3ª Do que você mais gosta na AEL? 4ª O que você faz para manter o que você mais gosta na AEL? 5ª Do que você menos gosta na AEL? 6ª O que você faz para solucionar o que você não gosta?7ª O que você propõe para o funcionamento da AEL em 2011?
Quando os acadêmicos terminaram essa atividade, alguns deles leram poemas. O acadêmico Leandro leu o poema “Neologismo” de Manuel Bandeira. O texto foi discutido. A seguir, o acadêmico Alexandre César leu “Menina selvagem”, de Henriqueta Lisboa. O texto foi comentado. Após isso, o acadêmico Elízio contou para todos “O conto dos três irmãos ou as relíquias da morte”, de J. K. Rowling. E, por último, o acadêmico Carlos Eduardo (Kadu) leu o conto “Os três conselhos”. Os textos foram comentados e a reunião foi encerrada.

25/02/2011 – terceira reunião da AEL Jorge Amado da Emef Prof. Nelson Pimentel Queiroz d0 ano de 2001.
Aos vinte e cinco dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e onze, os acadêmicos da Academia Estudantil de Letras (AEL) Jorge Amado reuniram-se com os coordenadores, Prof. Valmi e Profª. Maria Aparecida, no período de 11h55min às 13h25min.
A reunião foi iniciada com a prática de exercícios de relaxamento e de respiração seguida pelo canto da “Canção da paz”.
A seguir, foi realizada a leitura do conto “O lago dos cisnes”, conto de fada alemão, atribuído a E.T.A. Hoffmann. Cada acadêmico leu um parágrafo do texto. Após isso, todos ouviram a música “Valsa de ‘O Lago dos Cisnes’”, de Piotr. Tchaikovsky.
Na sequência, o Prof. Valmi leu a biografia de José Paulo Paes e os acadêmicos começaram a leitura de poemas. A acadêmica Stephanie leu “Canção do Exílio”, de José Paulo Paes. O Prof. Valmi explicou que esse poema foi escrito para homenagear o poeta Antônio Gonçalves Dias que escreveu um poema com o mesmo título no século XIX. Após isso, a acadêmica Joyce leu o poema “Ode” de José Paulo Paes. O poema foi discutido por todos. Por último, o acadêmico Leandro leu o “Poema do beco”, de Manuel Bandeira. Todos comentaram o poema e a reunião foi encerrada.

04/03/2011 – quarta reunião da AEL Jorge Amado, da Emef Prof. Nelson Pimentel Queiroz do ano de 2011.
Aos quatro dias do mês de março do ano de dois mil e onze, os acadêmicos da Academia Estudantil de Letras (AEL) Jorge Amado reuniram-se com os coordenadores, Prof. Valmi e Profª Maria Aparecida, no período de 11h55min às 13h25min.
No início da reunião, os acadêmicos preencheram uma ficha com sua autobiografia e a entregaram ao Prof. Valmi.
Em seguida, os acadêmicos fizeram exercícios de relaxamento e de respiração.
Na sequência, o Prof. Valmi falou a respeito do seminário que a AEL Jorge Amado realizará no dia 07/04/2011 e que homenageará o escritor Carlos Drummond de Andrade, autor que a acadêmica Ynaê representa.
Após a explicação do Prof. Valmi, a acadêmica Ynaê declamou o poema “Bela”, a acadêmica Juliana Tieni leu o “Poema de sete faces” e o acadêmico Elízio leu o poema “Não se mate”. Todos esses poemas mencionados são do escritor Carlos Drummond de Andrade.
Depois disso, os acadêmicos assistiram ao início de um documentário a respeito de Carlos Drummond de Andrade e a reunião foi encerrada.

11/03/2011 – quinta reunião da AEL Jorge Amado da Emef Prof. Nelson Pimentel Queiroz.
Aos onze dias do mês de março, do ano de dois mil e onze, os acadêmicos da Academia Estudantil de Letras (AEL) Jorge Amado reuniram-se com os coordenadores, Prof. Valmi e Profª Maria Aparecida, no período de 11h55min às 13h25min.
No início da reunião, os acadêmicos escolheram os poemas de Carlos Drummond de Andrade que irão declamar no seminário de 07/04/2011: Katarina: “Canção Amiga”, Hohannah: “Aurora”, Thainá: “Poesia”, Juliana Tieni: “Não se mate”, Leonardo: ”Poema da necessidade”, Leandro: “Poema de sete faces”, Lucas: “Ausência”, Joyce : ”Amor é bicho instruído” e Stephani Lemos: “Falar é completamente fácil”.
Na sequência, a acadêmica Hohannah leu o poema que ela escolheu. Ele foi discutido pelos presentes. Em seguida, os acadêmicos assistiram à exibição de mais um trecho (mais ou menos trinta minutos) do documentário a respeito de Carlos Drummond de Andrade.
Após a exibição do trecho do documentário, os acadêmicos falaram a respeito do que havia chamado a atenção deles e fizeram perguntas sobre o que viram. Depois dessa discussão, um dos acadêmicos leu o poema de C.D.A. “No meio do caminho”. O poema foi discutido e analisado por todos.
Na sequência, os acadêmicos leram a biografia de Carlos Drummond de Andrade. O texto foi discutido e a reunião foi encerrada.

quarta-feira, 9 de março de 2011

CARLOS DRUMMOND - 6

CARLOS DRUMMOND - 5

CARLOS DRUMMOND - 4

CARLOS DRUMMOND - 3

CARLOS DRUMMOND - 2

CARLOS DRUMMOND 1B

CARLOS DRUMMOND - 1

O Lago dos Cisnes -
Era uma vez… Odete era uma linda jovem que vivia alegre no campo com sua família. Um dia, um feiticeiro que morava na região transformou-a na forma de um cisne branco. Assim sendo, durante o dia, ela era a rainha dos cisnes e à noite voltava a ser a bela moça. Como podia a mãe de Odete aceitar tamanha desventura? Desolada, sem saber o que fazer, ela caiu num choro demorado. E chorou, chorou… Chorou dias e noites. Derramou tantas lágrimas que deram para formar um lago cristalino num vale que havia nas proximidades da casa. Durante o dia, quem passasse pela região avistava, à beira do recente lago, um belo cisne coroado, quem sabe o mais belo cisne que já havia visto.
Com o tempo, outros cisnes foram chegando por ali. Eram moças da redondeza também encantadas pelo feiticeiro. Os que conheciam o feiticeiro contavam que ele tinha uma filha de nome Odile e que, segundo ele dizia, em breve, ela se casaria com aquele que seria o rei daquele país. Presumia o bruxo que, enfeitiçando as moças daquela terra, o príncipe acabaria se encontrando com sua filha.
Chegou o dia do aniversário de 21 anos do príncipe e, conforme estava determinado desde que ele nascera, durante a festa de comemoração, ele escolheria entre as convidadas aquela que seria sua esposa. Entediado com tal obrigação, o príncipe saiu para caçar com seus amigos. Havia ganhado um novo conjunto de arco e flechas e queria experimentá-los. Cavalgando pelo campo, os caçadores acabaram se deparando com o recente lago e o príncipe logo foi atraído pela elegância dos cisnes que estavam lá a mergulhar. Num instante, ele viu-se atraído por um cisne que usava uma coroa na cabeça.
Impressionado com a beleza do lugar, o príncipe decidiu parar por ali para descansar. Acomodou-se e pediu aos amigos que não atirassem suas flechas. Em pouco tempo, o sol se põe e de repente o lago dos cisnes fica rodeado de belas moças vestidas de branco. Então, uma jovem de rara beleza se dirige ao príncipe e lhe conta sobre o encantamento. De dia, ela e as companheiras eram cisnes e de noite voltavam a ser as moças que eram antes. E que havia apenas uma forma de ela se tornar mulher para sempre. Para isso, ela teria que se casar com um moço que lhe fosse fiel para sempre.
Enquanto conversava com a moça, o príncipe se viu perdidamente apaixonado. A noite foi passando e quando chegava a hora de o sol iluminar o dia, o príncipe agiu ligeiro. Disse-lhe que ela era a sua escolhida convidou-a para festa que seria dada no castelo na noite seguinte. O feiticeiro, ah, o feiticeiro. Aquele era o seu tão esperado dia. Não seria aquele cisne coroado que haveria de lhe atrapalhar. Seguro de que restavam poucas moças casadouras naquele reino, usou de sua magia e fez com que a filha Odile se tornasse semelhante a Odete. Comprou-lhe um belo traje a rigor e conduziu-a para a festa com a obrigação de conquistar o príncipe.
Naquela noite, o castelo recebeu a mais bela decoração de todos os tempos. Acompanhadas de suas famílias, as candidatas a princesa chegavam, cada uma mais suntuosa do que a outra. De braços dados com o pai feiticeiro vestido para uma cerimônia real, chegou Odile, toda faceira, certa de que aquele era o seu esperado dia. O príncipe, que havia visto a amada apenas uma vez e sob o clarão da lua, acreditou que aquela fosse a moça cisne. Dirigiu-se a ela e lhe fez juras de amor eterno. Nessa hora chegou Odete. Ao vê-lo sorridente a dançar, sente-se traída. Como podia ser? Seu encanto nunca seria quebrado… Num momento, o príncipe percebe o olhar desolado da moça que acabava de chegar e sente que havia jurado amor eterno a uma pessoa errada.
Ao ver a troca de olhares, o feiticeiro pressente que o maior negócio de sua vida estava prestes a se arruinar. Então, aproveita de sua força para fazer com que Odete desapareça do salão voando pela janela. O príncipe, ao ver a amada naquele vôo, corre até a janela e se atira atrás dela. Pede-lhe perdão e, juntos, caminham até ao lago dos cisnes. À beira do lago, o príncipe lhe faz juras de amor eterno. No entanto, ela sabendo que estava condenada a ser cisne para sempre por causa do encantamento, em desespero, pula dentro do lago. O príncipe a segue, pois nada mais lhe importava. Se o amor não podia ser realizado, ele morreria junto com a amada. Dizem que, neste momento, o feiticeiro perdeu todo o seu poder e todas as companheiras do lago se tornaram livres do feitiço. Elas contaram que, ao amanhecer, meio a uma suave neblina, viram os espíritos dos apaixonados sobrevoando o lago.

Caro leitor, este é um conto de fadas alemão e é atribuído a E. T. A. Hoffmann.

O CONTO DOS TRÊS IRMÃOS OU AS RELÍQUIAS DA MORTE

O CONTO DOS TRÊS IRMÃOS OU AS RELÍQUIAS DA MORTE

Era uma vez três irmãos que estavam viajando por uma estrada deserta e tortuosa ao anoitecer. Depois de algum tempo, os irmãos chegaram a um rio fundo demais para vadear e perigoso demais para atravessar a nado. Os irmãos, porém, eram versados em magia, então simplesmente agitaram as mãos e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas traiçoeiras. Já estavam na metade da travessia quando viram o caminho bloqueado por um vulto encapuzado.

E a Morte falou. Estava zangada por terem lhe roubado três vítimas, porque o normal era os viajantes se afogarem no rio. Mas a Morte foi assusta. Fingiu cumprimentar os três irmãos por sua magia, e disse que cada um ganhara um prêmio por ter sido inteligente o bastante para lhe escapar.

Então, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu a varinha mais poderosa que existisse: uma varinha que sempre vencesse os duelos para seu dono, uma varinha de um bruxo que derrotara a Morte! Ela atravessou a ponte e se dirigiu a um velusto sabugueiro na margem do rio, fabricou uma varinha de um galho de árvore e entregou-a ao irmão mais velho.

Então, o segundo irmão, que era um homem arrogante, resolveu humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de restituir a vida aos que ela levara. Então a Morte apanhou uma pedra da margem do rio e entregou-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra tinha o poder de ressuscitar os mortos.

Então, a Morte perguntou ao terceiro e mais moço dos irmãos o que queria. O mais moço era o mais humilde e também o mais sábio dos irmãos, e não confiou na Morte. Pediu, então, algo que lhe permitisse sair daquele lugar sem ser seguido por ela. E a Morte, de má vontade, lhe entregou a própria Capa da Invisibilidade.

Então, a Morte se afastou para um lado e deixou os três irmãos continuarem a viagem e foi o que eles fizeram, comentanto, assombrados, a aventura que tinham vivido e admirando os presentes da Morte.

No devido tempo, os irmãos se separaram, cada um tomou um destino diferente.

O primeiro irmão viajou uma semana ou mais e, ao chegar a uma aldeia distante, procurou um colega bruxo com quem tivera uma briga. Armado com a varinha de sabugueiro, a Varinha das Varinhas, ele não poderia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Deixando o inimigo morto no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem, onde se gabou, em altas vozes, da poderosa varinha que arrebatara da própria Morte, e de que a arma o tornava invencível.

Na mesma noite, outro bruxo aproximou-se sorrateiramente do irmão mais velho enquanto dormia em sua cama, embriagado pelo vinho. O ladrão levou a varinha e, para se garantir, cortou a garganta do irmão mais velho. Assim, a Morte levou o primeiro irmão.

Entrementes, o segundo irmão viajou para a própria casa, onde vivia sozinho. Ali, tomou a pedra que tinha o poder de ressuscitar os mortos e virou-a três vezes na mão. Para sua surpresa e alegria, a figura de uma moça que tivera esperança de desposar antes de sua morte precoce surgiu instantaneamente diante dele.

Contudo, ela estava triste, como que separada dele por um véu. Embora tivesse retornado ao mundo dos mortais, seu lugar não era ali, e ela sofria. Diante disso, o segundo irmão, enlouquecido pelo desesperado desejo, matou-se para poder verdadeiramente se unir a ela. Então, a morte levou o segundo irmão.

Embora a Morte procurasse o terceiro irmão durante muitos anos, jamais conseguiu encontrá-lo. Somente quando atingiu uma idade avançada foi que o irmão mais moço despiu a Capa da Invisibilidade e deu-a de presente ao filho. Acolheu, então, a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom grado, e, iguais, partiram desta vida.

Trecho do livro Harry Potter e as Relíquias da Morte, de J. K. Rowling

HOMENAGENS A CARLOS DRUMMOND

ATÉ O FIM
Chico Buarque de Hollanda

Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

Inda garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão, eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim

Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em Quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim

Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, minha mula empacou
Mas vou até o fim

Não tem cigarro, acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim?
Eu já nem lembro pr’onde mesmo que vou
Mas vou até o fim

Como já disse, era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu tava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

(Chico Buarque de Holanda. In: LP Chico Buarque. Polygram, 1978. Veja o Vídeo no Youtube)



COM LICENÇA POÉTICA
Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.

Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.

(Adélia Prado. In: Poesia Reunida. São Paulo: Siciliano, 1991)



LET’S PLAY THAT
Torquato Neto (musicado por Jards Macalé)

Quando eu nasci
um anjo louco muito louco
veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco, torto
com asas de avião

eis que esse anjo me disse
apertando minha mão
com um sorriso entre dentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
Let’s play that

POEMAS DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADRE

Carlos Drummond de Andrade
(1902-1987)


POESIA

Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia desse momento
inunda minha vida inteira.

AURORA

O poeta ia bêbado no bonde.
O dia nascia atrás dos quintais.
As pensões alegres dormiam tristíssimas.
As casas também iam bêbadas.

Tudo era irreparável.
Ninguém sabia que o mundo ia acabar
(apenas uma criança percebeu mas ficou calada)
Que o mundo ia acabar às 7 e 45.
Últimos pensamentos! últimos telegramas!
José, que colocava pronomes,
Helena, que amava os homens,
Sebastião, que se arruinava,
Artur, que não dizia nada,
embarcam para a eternidade.

O poeta está bêbado, mas
escuta um apelo na aurora:
Vamos todos dançar
entre o bonde e a árvore?

Entre o bonde e a árvore
dançai, meus irmãos!
Embora sem música
dançai, meus irmãos!
Os filhos estão nascendo
com tamanha espontaneidade.
Como é maravilhoso o amor
(o amor e outros produtos).
Dançai meus irmãos!
A morte virá depois
como um sacramento.

QUERO ME CASAR

Quero me casar
na noite na rua
no mar ou no céu
quero me casar.

Procuro uma noiva
loura morena
preta ou azul
uma noiva verde
uma noiva no ar
como um passarinho

Depressa, que o amor
não pode esperar !


NÃO SE MATE

Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.

Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.

O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.

Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.


PROCURA DA POESIA

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.

Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.


POEMA DA NECESSIDADE

É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.

É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.


MÃOS DADAS

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o meu futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi suspiros ao anoitecer,a paisagem vista da janela,não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicidas,não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.


CANÇÃO AMIGA

Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça,
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.

Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.

Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.


BRINCAR NA RUA

Tarde?
O dia dura menos que um dia.
O corpo ainda não parou de brincar
e já estão chamando da janela:
É tarde.

Ouço sempre este som: é tarde, tarde.
A noite chega de manhã?
Só existe a noite e seu sereno?

O mundo não é mais, depois das cinco?
É tarde.
A sombra me proíbe.
Amanhã, mesma coisa.
Sempre tarde antes de ser tarde.


NOVA CASA DE JOSÉ

José entra resmungando no Paraíso.
Lança os olhos em torno:
-- Pensei que fosse maior.
O azul das paredes está desbotado.
Então é isto, o Céu?

Os anjos entreolham-se: Ah, José!
Estávamos tão contentes com sua vinda...
José procura o recanto menos luminoso
para encastelar-se com sua canastra:
-- Ninguém me bula nisto.
O serafim-ecônomo sorri:
-- Sossegue, José. Aqui todas as coisas
viram essência.
Você terá a essência de sua canastra.

A taciturnidade de José causa espécie aos velhos santos
que pulam carniça, brincam de roda:
-- Não quer vir conosco? A amarelinha
vai ser uma coisa louca...
Leve aceno de cabeça e: -- Obrigado
(entre dentes) é resposta de José.

São Pedro coça a barba: como fazer
José sentir-se realmente no Paraíso?
É sua casa natural, José foi bom,
foi ríspido mas bom.
Carece varrer do íntimo de José as turvas imagens
de desconfiança e solidão.
-- Não há outro remédio, suspira São Pedro.
Vou contar-lhe uma piada fescenina.

E José sorri ouvindo a piada.


COPA DO MUNDO DE 70
"MOMENTO FELIZ"

Com o arremesso das feras
e o cálculo das formigas
a seleção avança
negaceia
recua
envolve.
É longe e em mim.
Sou o estádio de Jalisco, triturado
de chuteiras, a grama sofredora
a bola mosqueada e caprichosa.
Assistir? Não assisto. Estou jogando.

No baralho de gestos, na maranha
na contusão da coxa
na dor do gol perdido
na volta do relógio e na linha de sombra
que vai crescendo e esse tento não vem
ou vem mas é contrário . . . e se renova
essa lenta lesma de Replay.
Eu não merecia ser vaiado
por esse tiro frouxo sem destino.
Meus onze atletas
são onze meninos fustigados
por um deus fútil que comanda a sorte.
É preciso lutar contra o deus fútil
fazer tudo de novo; formiguinha
rasgando seu caminho na espessura
do cimento do muro.

Então crescem os homens. Cada um
é toda a luta, sério. E é todo arte.
Uma geometria astuciosa
aérea, musical,de corpos sábios
a se entenderem, membros polifônicos
de um corpo só, belo e suado. Rio,
rio de dor feliz, recompensada
com TOSTÃO a criar e JAIR terminando
a fecunda jogada.

É GOOOOOOOOOOL na garganta florida
rouca exauta, gol no peito meu aberto
gol na minha rua nos terraços
nos bares nas bandeiras nos morteiros
GOL
na girandolarrugem das girândolas gol
na chuva de papelzinhos celebrando
por conta própria no ar: cada papel,
riso de dança distribuído
pelo país inteiro em festa de abraçar
é gol legal é gol natal é gol de mel e sol

Ninguém me prende mais, jogo por mil
jogo em PELÉ o sempre rei republicano
o povo feito atleta na poesia
do jogo mágico.
Sou RIVELINO a lâmina do nome
cobrando, fina, a falta.
Sou CLODOALDO rima de EVERALDO
Sou BRITO e a sua viva cabeçada
com GERSON e PIAZZA me acrescento
de forças novas. Com orgulho certo
me faço capitão CARLOS ALBERTO
FÉLIX, defendo e abarco
em meu abraço a bola e salvo o arco.

Como foi que esquentou assim o jogo?
Que energias dobradas afloraram
do banco de reservas interiores?
Um rio passa em mim ou sou o mar atlântico
passando pela cancha e se espraiando
por toda a minha gente reunida
num só vídeo, infinito, num ser único?

De repente o BRASIL ficou unido
contente de existir, tricando a morte
o ódio, a pobreza, a doença o atraso triste
por um momento puro de grandeza
e afirmação no esporte.
"Vencer com honra e graça
com beleza e humildade
é ser maduro e merecer a vida,
ato de criação ato de amor"
A ZAGALO, zagal prudente,
e a seus homens de campo e bastidor
fica devendo a minha gente
este minuto de felicidade

FRASES E POEMAS DE CARLOS DRUMMOND

Frases de Carlos Drummond de Andrade

1- Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.

2- O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.

3- A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.

4- Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.

5- A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.
Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.

6- Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.

7- Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo.

8- Há muitas razões para duvidar e uma só para crer.
Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.

9- Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.

10- Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer.

11- No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.

12- Como as plantas a amizade não deve ser muito nem pouco regada.

13- A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio.

14- As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.

15- O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza.

16- Não é fácil ter paciência diante dos que têm excesso de paciência.

17- O homem vangloria-se de ter imitado o vôo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam.

18- Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.












Poemas de Carlos Drummond de Andrade

1- NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

2- As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

3- Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
4- A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

5- AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

6- QUADRILHA

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

6- Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.


7- Ao Amor Antigo

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.



8- Falar é completamente fácil,
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.



9- Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.


10- Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

11- Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.






12- Inconfesso Desejo

Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo

13- Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.


14- No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

15- PRECISA-SE DE UM AMIGO

Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimentos.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem imprescindível, que seja de segunda mão.
Não é preciso que seja puro, ou todo impuro, mas não deve ser vulgar.

Pode já ter sido enganado ( todos os amigos são enganados).
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar aquelas que não puderam nascer.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos levam consigo.
Tem que gostar de poesia, dos pássaros, do por do sol e do canto dos ventos.
E seu principal objetivo de ser o de ser amigo.

Precisa-se de um amigo que faça a vida valer a pena, não porque a vida é bela, mas por já se ter um amigo.
Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo.
Precisa-se de um amigo para ter-se a consciência de que ainda se vive.


17- VERBO SER

Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.





18- AMOR E SEU TEMPO

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.

20- Poema de sete faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.


21- Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.

22- Infância

A Abgar Renault

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras.
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.

Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu...Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro...que fundo!

Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.

E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

Carlos Drummond de Andrade

BIOGRAFIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

BIOGRAFIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

CRONOLOGIA:

1902 - Nasce em Itabira do Mato Dentro, Estado de Minas Gerais; nono filho de Carlos de Paula Andrade, fazendeiro, e D. Julieta Augusta Drummond de Andrade.

1910 - Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito, em Itabira (MG).

1916 - Aluno interno no Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo Horizonte. Conhece Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco. Por problemas de saúde, interrompe seus estudos no segundo ano.

1917 - Toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira.

1918 - Aluno interno no Colégio Anchieta, da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo; é laureado em "certames literários". Seu irmão Altivo publica, no único exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa "ONDA".

1919 - Expulso do Colégio Anchieta mesmo depois de ter sido obrigado a retratar-se. Justificativa da expulsão: "insubordinação mental".

1920 - Muda-se com a família para Belo Horizonte.

1921 - Publica seus primeiros trabalhos na seção "Sociais" do Diário de Minas. Conhece Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário Casassanta, João Alphonsus, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, todos freqüentadores do Café Estrela e da Livraria Alves.

1922 - Ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto "Joaquim do Telhado" no concurso Novela Mineira. Publica trabalhos nas revistas Todos e Ilustração Brasileira.

1923 - Entra para a Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte.

1924 - Escreve carta a Manuel Bandeira, manifestando-lhe sua admiração. Conhece Blaise Cendrars, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade no Grande Hotel de Belo Horizonte. Pouco tempo depois inicia a correspondência com Mário de Andrade, que durará até poucos dias antes da morte de Mário.

1925 - Casa-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais, a primeira ou segunda mulher a trabalhar num emprego (como contadora numa fábrica de sapatos), em Belo Horizonte. Funda, junto com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão modernista do qual saem 3 números. Conclui o curso de Farmácia mas não exerce a profissão, alegando querer "preservar a saúde dos outros".

1926 - Leciona Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira. Volta para Belo Horizonte, por iniciativa de Alberto Campos, para trabalhar como redator-chefe do Diário de Minas. Heitor Villa Lobos, sem conhecê-lo, compõe uma seresta sobre o poema "Cantiga de Viúvo".

1927 - Nasce, no dia 22 de março, mas vive apenas meia hora, seu filho Carlos Flávio.

1928 - Nasce, no dia 4 de março, sua filha Maria Julieta, quem se tornará sua grande companheira ao longo da vida. Publica na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema "No meio do caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários do Brasil. 39 anos depois publicará "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um poema", coletânea de críticas e matérias resultantes do poema ao longo dos anos. Torna-se auxiliar de redação da Revista do Ensino da Secretaria de Educação.

1929 - Deixa o Diário de Minas para trabalhar no Minas Gerais, órgão oficial do Estado, como auxiliar de redação e pouco depois, redator, sob a direção de Abílio Machado.

1930 - Publica seu primeiro livro, "Alguma Poesia", em edição de 500 exemplares paga pelo autor, sob o selo imaginário "Edições Pindorama", criado por Eduardo Frieiro. Auxiliar de Gabinete do Secretário de Interior Cristiano Machado; passa a oficial de gabinete quando seu amigo Gustavo Capanema substitui Cristiano Machado.

1931 - Falece seu pai, Carlos de Paula Andrade, aos 70 anos.

1933 - Redator de A Tribuna. Acompanha Gustavo Capanema quando este é nomeado Interventor Federal em Minas Gerais.

1934 - Volta a ser redator dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde, simultaneamente. Publica "Brejo das Almas" em edição de 200 exemplares, pela cooperativa Os Amigos do Livro. Muda-se, com D. Dolores e Maria Julieta, para o Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo Ministro de Educação e Saúde Pública.

1935 - Responde pelo expediente da Diretoria-Geral e é membro da Comissão de Eficiência do Ministério da Educação.

1937 - Colabora na Revista Acadêmica, de Murilo Miranda.

1940 - Publica "Sentimento do Mundo" em tiragem de 150 exemplares, distribuídos entre os amigos.

1941 - Assina, sob o pseudônimo "O Observador Literário", a seção "Conversa Literária" da revista Euclides. Colabora no suplemento literário de A Manhã, dirigido por Múcio Leão e mais tarde por Jorge Lacerda.

1942 - A Livraria José Olympio Editora publica "Poesias". O Editor José Olympio é o primeiro a se interessar pela obra do poeta.

1943 - Traduz e publica a obra Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac, sob o título de "Uma gota de veneno".

1944 - Publica "Confissões de Minas", por iniciativa de Álvaro Lins.

1945 - Publica "A Rosa do Povo" pela José Olympio e a novela "O Gerente". Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha Carioca. Deixa a chefia de gabinete de Capanema, sem nenhum atrito com este e, a convite de Luís Carlos Prestes, figura como editor do diário comunista, então fundado, Imprensa Popular, junto com Pedro Mota Lima, Álvaro Moreyra, Aydano Do Couto Ferraz e Dalcídio Jurandir. Meses depois se afasta do jornal por discordar da orientação do mesmo. É chamado por Rodrigo M.F. de Andrade para trabalhar na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde mais tarde se tornará chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento.

1946 - Recebe o Prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d'Oliveira. Sua filha Maria Julieta publica a novela "A Busca", pela José Olympio.

1947 - É publicada sua tradução de "Les liaisons dangereuses", de Choderlos De Laclos, sob o título de "As relações perigosas".

1948 - Publica "Poesia até agora". Colabora em Política e Letras, de Odylo Costa, filho. Falece Julieta Augusta Drummond de Andrade, sua mãe. Comparece ao enterro em Itabira que acontece ao mesmo tempo em que é executada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a obra "Poema de Itabira" de Heitor Villa-Lobos, composta sobre seu poema "Viagem na Família".

1949 - Volta a escrever no jornal Minas Gerais. Sua filha Maria Julieta casa-se com o escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry e passa a residir em Buenos Aires, onde desempenhará, ao longo de 34 anos, um importante trabalho de divulgação da cultura brasileira.

1950 - Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu primeiro neto, Carlos Manuel.

1951 - Publica "Claro Enigma", "Contos de Aprendiz" e "A mesa". É publicado em Madrid o livro "Poemas".

1952 - Publica "Passeios na Ilha" e "Viola de Bolso".

1953 - Exonera-se do cargo de redator do Minas Gerais, ao ser estabilizada sua situação de funcionário da DPHAN. Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu neto Luis Mauricio, a quem dedica o poema "A Luis Mauricio infante". É publicado em Buenos Aires o livro "Dos Poemas", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, genro do poeta.

1954 - Publica "Fazendeiro do Ar & Poesia até agora". Aparece sua tradução para "Les paysans", de Balzac. Realiza na Rádio Ministério de Educação, em diálogo com Lya Cavalcanti, a série de palestras "Quase memórias". Inicia no Correio da Manhã a série de crônicas "Imagens", mantida até 1969.

1955 - Publica "Viola de Bolso novamente encordoada".

1956 - Publica "50 Poemas escolhidos pelo autor". Aparece sua tradução para "Albertine disparue", de Marcel Proust.

1957 - Publica "Fala, amendoeira" e "Ciclo".

1958 - Publica-se em Buenos Aires uma seleção de seus poemas na coleção "Poetas del siglo veinte". É encenada e publicada a sua tradução de "Doña Rosita la soltera" de Federico García Lorca, pela qual recebe o Prêmio Padre Ventura, do Círculo Independente de Críticos Teatrais.

1960 - Nasce seu terceiro neto, Pedro Augusto, em Buenos Aires. A Biblioteca Nacional publica a sua tradução de "Oiseaux-Mouches orthorynques du Brèsil" de Descourtilz. Colabora em Mundo Ilustrado.

1961 - Colabora no programa Quadrante da Rádio Ministério da Educação, instituído por Murilo Miranda. Falece seu irmão Altivo.

1962 - Publica "Lição de coisas", "Antologia Poética" e "A bolsa & a vida". É demolida a casa da Rua Joaquim Nabuco 81, onde viveu 36 anos. Passa a morar em apartamento. São publicadas suas traduções de "L'Oiseau bleu" de Maurice Maeterlink e de "Les fouberies de Scapin", de Molière, esta última é encenada no Teatro Tablado do Rio de Janeiro. Recebe novamente o Prêmio Padre Ventura. Se aposenta como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público, recebendo carta de louvor do Ministro da Educação, Oliveira Brito.

1963 - É lançada sua tradução de "Sult" (Fome) de Knut Hamsun. Recebe os Prêmios Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores, e Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Clube do Brasil, pelo livro "Lição de coisas". Colabora no programa Vozes da Cidade, instituído por Murilo Miranda, na Rádio Roquete Pinto, e inicia o programa Cadeira de Balanço, na Rádio Ministério da Educação. Viaja, com D. Dolores, a Buenos Aires durante as férias.

1964 - Publica a primeira edição da "Obra Completa", pela Aguilar.

1965 - São lançados os livros "Antologia Poética", em Portugal; "In the middle of the road", nos Estados Unidos; "Poesie", na Alemanha. Publica, em colaboração com Manuel Bandeira, "Rio de Janeiro em prosa & verso". Colabora em Pulso.

1966 - Publica "Cadeira de balanço", e na Suécia é lançado "Naten och rosen".

1967 - Publica "Versiprosa", "Mundo vasto mundo", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, em Buenos Aires e publicação de "Fyzika strachu" em Praga.

1968 - Publica "Boitempo & A falta que ama". Membro correspondente da Hispanic Society of America, Estados Unidos.

1969 - Deixa o Correio da Manhã e começa a escrever para o Jornal do Brasil. Publica "Reunião (10 livros de poesia)".

1970 - Publica "Caminhos de João Brandão".

1971 - Publica "Seleta em prosa e verso". Edição de "Poemas" em Cuba.

1972 - Viaja a Buenos Aires com D. Dolores para visitar a filha, Maria Julieta. Publica "O poder ultrajovem". Jornais do Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre publicam suplementos comemorativos do 70º aniversário do poeta.

1973 - Publica "As impurezas do branco", "Menino Antigo - Boitempo II", "La bolsa y la vida", em Buenos Aires, e "Réunion", em Paris.

1974 - Recebe o Prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários. Membro honorário da American Association of Teachers of Spanish and Portuguese, Estados Unidos.

1975 - Publica "Amor, Amores". Recebe o Prêmio Nacional Walmap de Literatura e recusa, por motivo de consciência, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação Cultural do Distrito Federal.

1977 - Publica "A visita", "Discurso de primavera e algumas sombras" e "Os dias lindos". Grava 42 poemas em 2 long plays, lançados pela Polygram. Edição búlgara de "UYBETBO BA CHETA" (Sentimento do Mundo).

1978 - Publica "70 historinhas" e "O marginal Clorindo Gato". Edições argentinas de "Amar-amargo" e "El poder ultrajoven".

1979 - Publica "Poesia e Prosa", 5ª edição, revista e atualizada, pela editora Nova Aguilar. Viaja a Buenos Aires por motivo de doença de sua filha Maria Julieta. Publica "Esquecer para lembrar - Boitempo III".

1980 - Recebe os Prêmios Estácio de Sá, de jornalismo, e Morgado Mateus (Portugal), de poesia. Edição limitada de "A paixão medida". Noite de autógrafos na Livraria José Olympio Editora para o lançamento conjunto da edição comercial de "A paixão medida" e "Um buquê de Alcachofras", de Maria Julieta Drummond de Andrade; o poeta e sua filha autografam juntos na Casa José Olympio. Edição de "En rost at folket", Suécia. Edição de "The minus sign", Estados Unidos. Edição de "Gedichten" Poemas, Holanda.

1981 - Publica "Contos Plausíveis" e "O pipoqueiro da esquina". Edição inglesa de "The minus sign".

1982 - Ano do 80º aniversário do poeta. São realizadas exposições comemorativas na Biblioteca Nacional e na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Os principais jornais do Brasil publicam suplementos comemorando a data. Recebe o título de Doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Edição mexicana de "Poemas". A cidade do Rio de Janeiro festeja a data com cartazes de afeto ao poeta. Publica "A lição do amigo - Cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade", com notas do destinatário. Publicação de "Carmina drummondiana", poemas de Drummond traduzidos ao latim por Silva Bélkior.

1983 - Declina do troféu Juca Pato. Publica "Nova Reunião (19 livros de poesia)", último livro do poeta publicado, em vida, pela Casa José Olympio.

1984 - Despede-se da casa do velho amigo José Olympio e assina contrato com a Editora Record, que publica sua obra até hoje. Também se despede do Jornal do Brasil, depois de 64 anos de trabalho jornalístico, com a crônica "Ciao". Publica, pela Editora Record, "Boca de Luar" e "Corpo".

1985 - Publica "Amar se aprende amando", "O observador no escritório" (memórias), "História de dois amores" (livro infantil) e "Amor, sinal estranho". Edição de "Frän oxen tid", Suécia.

1986 - Publica "Tempo, vida, poesia". Edição de "Travelling in the family", em New York, pela Random House. Escreve 21 poemas para a edição do centenário de Manuel Bandeira, preparada pela editora Alumbramento, com o título "Bandeira, a vida inteira". Sofre um infarto e é internado durante 12 dias.

1987 - No 31 de janeiro escreve seu último poema, "Elegia a um tucano morto" que passa a integrar "Farewell", último livro organizado pelo poeta. É homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira, com o samba enredo "No reino das palavras", que vence o Carnaval 87. No dia 5 de agosto, depois de 2 meses de internação, falece sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. "E assim vai-se indo a família Drummond de Andrade" - comenta o poeta. Seu estado de saúde piora. 12 dias depois falece o poeta, de problemas cardíacos e é enterrado no mesmo túmulo que a filha, no Cemitério São João Batista do Rio de Janeiro. O poeta deixa obras inéditas: "O avesso das coisas" (aforismos), "Moça deitada na grama", "O amor natural" (poemas eróticos), "Viola de bolso III" (Poesia errante), hoje publicados pela Record; "Arte em exposição" (versos sobre obras de arte), "Farewell", além de crônicas, dedicatórias em verso coletadas pelo autor, correspondência e um texto para um espetáculo musical, ainda sem título. Edições de "Moça deitada na grama", "O avesso das coisas" e reedição de "De notícias e não notícias faz-se a crônica" pela Editora Record. Edição de "Crônicas - 1930-1934". Edição de "Un chiaro enigma" e "Sentimento del mondo", Itália. Publicação de "Mundo Grande y otros poemas", na série Los grandes poetas, em Buenos Aires.

1988 - Publicação de "Poesia Errante", livro de poemas inéditos, pela Record.

1989 - Publicação de "Auto-retrato e outras crônicas", edição organizada por Fernando Py. Publicação de "Drummond: frente e verso", edição iconográfica, pela Alumbramento, e de "Álbum para Maria Julieta", edição limitada e fac-similar de caderno com originais manuscritos de vários autores e artistas, compilados pelo poeta para sua filha. A Casa da Moeda homenageia o poeta emitindo uma nota de 50 cruzeiros com seu retrato, versos e uma auto-caricatura.

1990 - O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) organiza uma exposição comemorativa dos 60 anos da publicação de "Alguma Poesia". Palestras de Manuel Graña Etcheverry, "El erotismo en la poesía de Drummond" no CCBB e de Affonso Romano de Sant'Anna, "Drummond, um gauche no mundo". Encenação teatral de "Mundo, vasto mundo", com Tônia Carrero, o coral Garganta e Paulo Autran, sob a direção deste no Teatro II do CCBB. Encenação de "Crônica Viva", com adaptação de João Brandão e Pedro Drummond, no CCBB. Edição da antologia "Itabira", em Madrid, pela editora Visor. Edição limitada de "Arte em exposição", pela Salamandra. Edição de "Poésie", pela editora Gallimard, França.

1991 - Publicação de "Obra Poética", pela editora Europa-América, em Portugal.

1992 - Edição de "O amor natural", de poemas eróticos, organizada pelo autor, com ilustrações de Milton Dacosta e projeto gráfico de Alexandre Dacosta e Pedro Drummond. Publicação de "Tankar om ordet menneske", Noruega. Edição de "Die liefde natuurlijk" (O amor natural) na Holanda.

1993 - Publicação de "O amor natural", em Portugal, pela editora Europa-América. Prêmio Jabuti pelo melhor livro de poesia do ano, "O amor natural".

1994 - Publicação pela Editora Record de novas edições de "Discurso de primavera" e "Contos plausíveis". No dia 2 de julho falece D. Dolores Morais Drummond de Andrade, viúva do poeta, aos 94 anos.

1995 - Encenação teatral de "No meio do caminho...", crônicas e poemas do poeta com roteiro e adaptação de João Brandão e Pedro Drummond. Lançamento de um selo postal em homenagem ao poeta. Drummond na era digital, publicação de uma pequena antologia em 5 idiomas sob o título de "Alguma Poesia", no World Wide Web , Internet, na data de seu 93º aniversário. Projeto do CD-ROM "CDA-ROM", que visa a publicar, em ambiente interativo e com os recursos da multimídia, os 40 poemas recitados pelo autor, uma iconografia baseada na coleção de fotografias do poeta, entrevistas em vídeo e um curta-metragem.

1996 - Lançamento do livro Farwell, último organizado pelo poeta, no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, com a apresentação de Joana Fomm e José Mayer. Esse livro é ganhador do Prêmio Jabuti.

1997 - Primeira edição interativa do livro "O Avesso das Coisas".

1998 - Inauguração do Museu de Território Caminhos Dummondianos em Itabira. No dia 31 de outubro é inaugurado o Memorial Carlos Drummond de Andrade, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, no Pico do Amor da cidade de Itabira. Prêmio in memorian Medalha do Sesquicentenário da Cidade de Itabira.

1999 - I Forum Itabira Século XXI — Centenário Drummond, realizado na cidade de Itabira. Lançamento do CD "Carlos Drummond de Andrade por Paulo Autran", pelo selo Luz da Cidade.

2000 - Inaugurada a Biblioteca Carlos Drummond de Andrade do Colégio Arnaldo de Belo Horizonte. Lançamento do CD "Contos de aprendiz por Leonardo Vieira", pelo selo Luz da Cidade. Estréia no dia 31 de outubro o espetáculo "Jovem Drummond", estrelado por Vinícius de Oliveira, no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade e Itabira (Secretaria de Cultura do Município). Lançamento do CD "História de dois amores - contadas por Odete Lara", pela gravadora Luz da Cidade. Encenação pela Comédie Française da peça de Molière Les Fourberies de Scapin, com tradução do biografado, nos teatros Municipal do Rio de Janeiro e Municipal de São Paulo. Lançamento do projeto "O Fazendeiro do Ar", com o "balão Drummond", na Lagoa Rodrigo de Freitas - Rio de Janeiro. II Fórum Itabira Século XXI — Centenário Drummond, realizado em outubro na cidade de Itabira. Homenagem in memoriam Medalha comemorativa dos 70 anos do MEC. Homenagem dos Ex-Alunos da Universidade Federal de Minas Gerais.


BIBLIOGRAFIA

POESIA

Alguma poesia. Belo Horizonte: Edições Pindorama, 1930.
Brejo das almas. Belo Horizonte: Os Amigos do Livro, 1934.
Sentimento do mundo. R. de Janeiro: Pongetti, 1940; 10a ed., RJ: Record, 2000.
Poesias (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José). RJ: J.Olympio, 1942.
A rosa do povo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1945.
Poesia até agora. (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas). Rio de Janeiro: J. Olympio, 1948.
A máquina do mundo (incluído em Claro enigma). Rio de Janeiro: Luís Martins, 1949 (exemplar único).
Claro enigma. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1951.
A mesa (incluído em Claro enigma). Niterói: Hipocampo, 1951 (70 exemplares).
Viola de bolso. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1952.
Fazendeiro do ar & Poesia até agora. (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas, Claro enigma, Fazendeiro do ar). R. de Janeiro: J. Olympio, 1954.
Viola de bolso (incluindo Viola de bolso novamente encordoada); 2ª. ed. aumentada, Os Cadernos de Cultura, R. de Janeiro: J. Olympio, 1955.
Soneto da buquinagem (incluído em Viola de bolso novamente encordoada). Rio de Janeiro: Philobiblion, 1955 (100 exemplares).
Ciclo (incluído em A vida passada a limpo e em Poemas). Recife: O Gráfico Amador, 1957. (96 exemplares).
Poemas (Alguma poesia, Brejo das Almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas, Claro enigma, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo). R. de Janeiro: J. Olympio, 1959.
Lição de coisas. R. de Janeiro: J. Olympio, 1964.
Obra completa. (Estudo crítico de Emanuel de Moraes, fortuna crítica, cronologia e bibliografia). R. de Janeiro: Aguilar, 1964 (publicada pela mesma editora sob o título Poesia completa e prosa (1973), e sob o título de Poesia e prosa (1979).
Versiprosa. R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.
José & Outros (José, Novos poemas, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo, 4 Poemas, Viola de bolso II). R. de Janeiro: J. Olympio, 1967.
Boitempo & A falta que ama. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
Nudez (incluído em Poemas). Recife: Escola de Artes, 1979 (50 exemplares).
Reunião (Alguma poesia, Brejo das almas, Sentimento do mundo, José, A rosa do povo, Novos poemas, Clara enigma, Fazendeiro do ar, A vida passada a limpo, Lição de coisas, 4 Poemas). R. de Janeiro: J. Olympio, 1969.
D. Quixote (Glosas a 21 desenhos de Cândido Portinari). R. de Janeiro: Diagraphis, 1972.
As impurezas do branco. R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.
Menino antigo (Boitempo II). R. de Janeiro: J. Olympio, 1973.
Minas e Drummond. (ilustrações de Yara Tupinambá, Wilde Lacerda, Haroldo Mattos, Júlio Espíndola, Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse e Beatriz Coelho). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais,1973 (500 exemplares).
Amor, amores (desenhos de Carlos Leão). Rio de Janeiro: Alumbramento, 1975 (423 exemplares).
A visita (incluído em A paixão medida) (fotos de Maureen Bisilliat). São Paulo: edição particular, 1977 (125 exemplares).
Discurso de primavera e algumas sombras. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1977.
O marginal Clorindo Gato (incluído em A paixão medida). R. de Janeiro: Avenir, 1978.
Nudez (incluído em Poemas). Recife: Escola de artes, 1979 (50 exemplares).
Esquecer para lembrar (Boitempo III). R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.
A paixão medida (desenhos de Emeria Marcier). R. de Janeiro: Alumbramento, 1980. (643 exemplares).
Nova Reunião - 19 livros de poesias. R. de Janeiro: J. Olympio, 1983
O elefante (Ilustrações de Regina Vater). R. de Janeiro: Record. Coleção Abre-te Sésamo, 1983.
Caso do vestido. R. de Janeiro: Rioarte, 1983 (adaptado para o teatro por Aderbal Júnior).
Corpo (Ilustrações de Carlos Leão). R. de Janeiro: Record, 1984.
Mata Atlântica (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de Janeiro: Chase Banco Lar/AC&M, 1984.
Amor, sinal estranho (litografias originais de Bianco). R. de Janeiro: Lithos Edições de Arte, 1985 (100 exemplares).
Amar se aprende amando. R. de Janeiro: Record, 1985.
Pantanal (fotos de Luiz Cláudio Marigo, texto de Alceo Magnani). R. de Janeiro: Chase Banco Lar/AC&M, 1985.
Boitempo I e II (Reunião de poemas publicados anteriormente nos livros Boitempo, Menino antigo e Esquecer para lembrar). R. de Janeiro: Record, 1986.
O prazer das imagens (fotografias de Hugo Rodrigo Octavio - legendas inéditas de Carlos Drummond de Andrade). São Paulo: Metal Leve/Hamburg, 1987 (500 exemplares).
Poesia Errante: derrames líricos, e outros nem tanto ou nada. R. de Janeiro: Record, 1988.
Arte em Exposição. R. de Janeiro: Salamandra/Record, 1990.
O Amor Natural. (Ilustrações Milton Dacosta). R. de Janeiro: Record, 1992.
A Vida Passada a Limpo. R. de Janeiro: Record, 1994.
Rio de Janeiro (fotos de Michael Sonnenberg). Liechtenstein: Verlag Kunt und Kultur, 1994.
Farewell. R. de Janeiro: Record, 1996.
A Senha do Mundo. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record, com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).
A Cor de Cada um. R. de Janeiro: Record, 1996; (reeditado em 1998, pela Record, com o título de Verso na Prosa, Prosa no Verso).
José & Outros. Rio de Janeiro: Record, 2003; (reunião dos livros José, Novos Poemas e Fazendeiro do ar).


CRÔNICA

Fala, amendoeira. R. de Janeiro: J. Olympio, 1957.
A bolsa & a vida. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
Cadeira de balanço. R. de Janeiro: J. Olympio, 1966.
Caminhos de João Brandão. R. de Janeiro: J. Olympio, 1970.
O poder ultrajovem. R. de Janeiro: J. Olympio, 1972.
De notícias & não notícias faz-se a crônica. R. de Janeiro: J. Olympio, 1974.
Os dias lindos. R. de Janeiro: J. Olympio, 1977.
Crônica das favelas cariocas. R. de Janeiro: edição particular, 1981.
Boca de luar. R. de Janeiro: Record, 1984.
Crônicas de 1930/1934 (Crônicas assinadas com os pseudônimos: Antônio Crispim e Barba Azul). Belo Horizonte: Revista do Arquivo Público Mineiro, 1984. [Reeditado em 1987 pela Secretaria da Cultura de Minas Gerais - ilustrações de Ana Raquel.]
Moça deitada na grama. R. de Janeiro: Record, 1987.
Auto-Retrato e Outras Crônicas. Seleção Fernando Py. R. de Janeiro: Record, 1989.
O Sorvete e Outras Histórias. São Paulo: Ática, 1993.
Vó Caiu na Piscina. R. de Janeiro: Record, 1996.
Quando é dia de futebol. Rio de Janeiro: Record, 2002.

CONTO

O gerente (incluído em Contos de aprendiz). R. de Janeiro: Horizonte, 1945.
Contos de aprendiz. R. de Janeiro: J. Olympio, 1951.
70 historinhas. R. de Janeiro: J. Olympio, 1978. (Seleção de textos dos livros de crônicas: Fala amendoeira, A bolsa & a vida, Cadeira de balanço, Caminhos de João Brandão, O poder ultrajovem, De notícias & não notícias faz-se a crônica e Os dias lindos.) Contos plausíveis (ilustrações de Irene Peixoto e Márcia Cabral). R. de Janeiro: J. Olympio/Editora JB, 1981.
O pipoqueiro da esquina (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Codecri, 1981.
História de dois amores (Desenhos de Ziraldo). R. de Janeiro: Record, 1985.
Criança dagora é fogo. R. de Janeiro: Record, 1996.

ENSAIO

Confissões de Minas. R. de Janeiro: Americ-Edit., 1944.
Passeios na ilha. R. de Janeiro: Simões,1952.
Minas Gerais (Antologia). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967. Coleção Brasil, Terra & Alma.
A Lição do amigo (cartas de Mário de Andrade - introdução e notas de CDA). R. de Janeiro: J. Olympio, 1982.
Em certa casa da rua Barão de Jaguaribe (ata comemorativa dos 20 anos do Sabadoyle). R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1984.
O observador no escritório (Memória). R. de Janeiro: Record, 1985.
Tempo, vida, poesia (entrevistas à Rádio MEC). R. de Janeiro: Record, 1986.
Saudação a Plínio Doyle. R. de Janeiro: Biblioteca Plínio Doyle, 1986.
O avesso das coisas (Aforismos - ilustrações de ]immy Scott). R. de Janeiro: Record, 1987.

ANTOLOGIA

Português

Neste caderno... In: 10 Histórias de bichos (em colaboração com Godofredo Rangel, Graciliano Ramos, João Alphonsus, Guimarães Rosa, J. Simões Lopes Neto, Luís Jardim, Maria Julieta,Marques Rebelo, Orígenes Lessa, Tristão da Cunha). R. de Janeiro: Condé, 1947 (220 exemplares).
50 poemas escolhidos pelo autor. R. de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1956.
Antologia poética. R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
Quadrante (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1962.
Quadrante II (em colaboração com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1963.
Antologia poética (seleção e prefácio de Massaud Moisés). Lisboa: Portugália, 1965. Coleção Poetas de Hoje.
Vozes da cidade (em colaboração com Cecília Meireles, Genolino Amado, Henrique Pongetti, Maluh de Ouro Preto, Manuel Bandeira e Raquel de Queirós). R. de Janeiro: Record, 1965.
Rio de Janeiro em prosa & verso (antologia em colaboração com Manuel Bandeira). R. de Janeiro: J. Olympio, 1965. Coleção Rio 4 Séculos.
Uma pedra no meio do caminho (biografia de um poema). Apresentação de Arnaldo Saraiva). R. de Janeiro: Editora do Autor, 1967.
Seleta em prosa e verso (estudo e notas de Gilberto Mendonça Teles). R. de Janeiro: J. Olympio, 1971.
Elenco de cronistas modernos (em colaboração com Clarice Lispector, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queirós e Rubem Braga). R. de Janeiro: Sabiá, 1971.

Atas poemas. Natal na Biblioteca de Plínio Doyle (em colaboração com Alphonsus de Guimaraens Filho, Enrique de Resende, Gilberto Mendonça Teles, Homero Homem, Mário da Silva Brito, Murilo Araújo, Raul Bopp, Waldemar Lopes). R. de Janeiro, Sabadoyle, 1974. Para gostar de ler (em colaboração com Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga). São Paulo: Ática, 1977-80.
Para Ana Cecília (em colaboração com João Cabral de Melo Neto, Mauro Mota, Odilo Costa Filho, Ledo lvo, Marcus Accioly e Gilberto Freire). Recife: Edição Particular, 1978.
O melhor da poesia brasileira (em colaboração com João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Vinícius de Moraes). R. de Janeiro: J. Olympio, 1979.
Carlos Drummond de Andrade. Seleção de textos, notas, estudo biográfico, histórico-crítico e exercícios de Rita de Cássia Barbosa. São Paulo: Abril, 1980.
Literatura comentada. São Paulo: Abril, 1981.
Antologia poética. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
Quatro vozes (em colaboração com Rachel de Queiroz, Cecília Meirelles e Manuel Bandeira). R. de Janeiro: Record, 1984.
60 anos de poesia. (organização e apresentação de Arnaldo Saraiva). Lisboa: O Jornal, 1985.
Quarenta historinhas e cinco poemas (leitura e exercícios para estudantes de Português nos EUA). Flórida: University of Florida, 1985.

Bandeira - A vida inteira (textos extraídos da obra de Manuel Bandeira e 21 poemas de Carlos Drummond de Andrade - fotos do Arquivo - Museu de Literatura da Fundação Casa Rui Barbosa). R. de Janeiro: Alumbramento/Livroarte, 1986.
Álbum para Maria Julieta. Coletânea de dedicatórias reunidas por Carlos Drummond de Andrade para sua filha, acompanhado de texto extraído da obra do autor. R. de Janeiro: Alumbramento / Livroarte, 1989.
Obra poética. Portugal: Publicações Europa-América, 1989. Rua da Bahia (em colaboração com Pedro Nava). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1990.
Setecontos, setencantos (em colaboração com Caio Porfírio Carneiro, Herberto Sales, Ideu Brandão, Miguel Jorge, Moacyr Scliar e Sergio Faraco - organizado por Elias José). São Paulo: FTD.
Carlos Drummond de Andrade (org. de Fernando Py e Pedro Lyra). R. de Janeiro: Agir,1994.
As palavras que ninguém diz. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997, (Mineiramente Drummond).
Histórias para o Rei. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997 (Mineiramente Drummond).
A palavra mágica. (Seleção Luzia de Maria). R. de Janeiro: Record, 1997 (Mineiramente Drummond).
Os amáveis assaltantes. R. de Janeiro: Agora Comunicação Integrada, 1998.

EM OUTRAS LÍNGUAS

Alemão

Poesie (tradução de Curt Meyer-Clason). Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1965.

Gedichte (tradução de Curt Meyer-Clason). Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1982.

Búlgaro

lybctbo ba cbeta (tradução de Alexandre Muratov e Atanas Daltchev). Sófia: Narodna Cultura, 1977.

Chinês

Antologia da poesia brasileira (seleção de Antônio Carlos Secchin e tradução de Zhao Deming). Pequim: Embaixada do Brasil, 1994.

Dinamarquês

Verdensfornemmelse og Andre Digte (Tradução de Peter Poulsen). Copenhague: Borgens Forlag, 2000.

Espanhol

Poemas (seleção, versão e introdução de Rafael Santos Torroella). Madri: Ediciones Rialp, 1951. Colección Adonai.
Dos poemas (traduzidos por Manuel Grana Etcheverry). Buenos Aires: Ediciones Botella al Mar, 1953.
Poetas del siglo veinte. Carlos Drummond de Andrade (seleção e versão de Ramiro de Casasbellas). Buenos Aires: Ediciones Poesia, 1957.
Poesía de Carlos Drurnmond de Andrade (tradução de Armando Uribe Arce, Thiago de Mello e Fernando de Alencar). Santiago do Chile: Cadernos Brasileiros: Série Poesia, 1963.
Seis Poetas Contemporáneos del Brasil (tradução Manuel Grana Etcheverry). La Paz: Embajada del Brasil, 1966 (Cuadernos Brasilenos).
Mundo, vasto mundo (Tradução de Manuel Grana Etcheverry). Buenos Aires: Editorial Losada, 1967. Colección Poetas de Ayer y de Hoy.
Poemas (introdução, seleção e notas de Munoz-Unsain). Havana: Casa de las Americas, 1970.
La bolsa y la vida (tradução de Maria Rosa Oliver). Buenos Aires: Ediciones de la Flor, 1973.
Poemas (tradução de Leonidas Cevallos). Lima: Centro de Estudios Brasilenos, 1976. Drummond de Andrade (tradução Gabriel Rodriguez). Caracas: Dirección General de Cultura de la Gobernación del Distrito Fedreal, 1976.
Amar-amargo y otros poemas (tradução de Estela dos Santos). Buenos Aires: Calicanto, 1978.
El poder ultrajovem (tradução de Estela dos Santos). Buenos Aires: Editorial Sudamericana,1978.
Dos cuentos y dos poemas binacionales (em colaboração com Sergio Faraco e Jorge Medoza Enriguez). Santiago do Chile: Instituto Chileno-Brasileño de Cultura de Concepción, 1981.

Poemas (tradução, seleção e introdução de Francisco Cervantes). México: Premià, 1982.
Don Quijote (tradução de Edmund Font - gravuras de Portinari). México: Secretaría de Educación Pública, 1985 (3.000 exemplares).

Antología Poética (tradução, introdução, cronologia e bibliografia de Cláudio Murilo). Madri: Instituto de Cooperación Ibero-americana/Ediciones Cultura Hispánica, 1986.

Poemas (tradução Renato Sandoval). Lima: Embajada del Brasil, 1989 (Tierra Brasilena).
Itabira (Antología) (tradução Pablo del Barco). Madri: Visor,1990.
Historia de dos poemas (tradução Gloria Elena Bernal). México: SEP, 1992.
Carlos Drummond de Andrade. México: Fondo Nacional para Actividades Sociales, s. d. (Poesia Moderna).

Francês

Réunion. (Tradução de Jean-Michel Massa). Paris: Aubier-Montaigne, 1973.
Fleur, téléphone et jeune fille... (antologia organizada por Mário Carelli). Paris: L'Alphée, 1980.
Drummond: une esquisse. R. de Janeiro: Alumbramento / Livroarte, 1981.
Conversation extraordinaire avec une dame de ma connaissance et autres nouvelles. (Tradução de Mario Carelli e outros). Paris: A. M. Métailié, 1985.
Mon éléphant. (Tradução de Vivete Desbans. Ilustrações de Hélène Vicent). Paris: Éditions ILM, 1987. Collection bilingue.
Poésie (tradução Didier Lamaison). Paris: Gallimard, 1990.

Holandês

Gedichten (tradução de August Willensem). Amsterdam: Uitgeverij de Arbeiderspers,1980.
20 gedichten van Carlos Drummond de Andrade (tradução de August Willensen - Fotos de Sérgio Zalis). Amsterdam: Riksakademie van beeldende Kunsten, 1983.
De liefde, natuurlijk: gedichten (tradução August Willemsen). Amsterdam: Uitgeverij de Arbeiderspers,1992.
Farewell (tradução August Wil)emsen). Amsterdam: Uitgeverij de Arbeiderspers, 1996.

Inglês

In the middle of the road (tradução de John Nist). Tucson: University of Arizona Press, 1965.
Souvenir of the ancient world (tradução de Mark Strand). New York: Antaeu, 1976.
Poems (tradução de Virgínia de Araújo). Palo Alto: WPA, 1977.
The minus sign (tradução de Virgínia de Araújo). Redding Ridge: Black Scvan Books, 1980.
The minus sign (tradução de Virgínia de Araújo). Manchester: Carcanet New Press, 1981.
Travelling in the family (selected poems) (tradução de Elizabeth Bishop e Gregory Rabassa). Nova York: Random House; Toronto: Random House of Canada, 1986.

Italiano

Sentimento del Mondo (Tradução Antonio Tabucchi). Torino: Giulio Einaudi, 1987 (Poesia).
Un Chiaro Enigma (tradução Fernanda Toriello). Bari: Stampa Puglia, 1990.
La Visita (tradução Luciana Stegagno Picchio). Milão: Libri Scheiwiller, 1996.
Racconti Plausibili (tradução Alessandra Ravatti). Roma: Fahrenheit, 1996.
L’ Armore Naturale (tradução Fernanda Toriello). Bari: Adriatica, 1997.

Latim

Carmina drummondiana. (Tradução de Silva Bélkior). R. de Janeiro: Salamandra, 1982.


Norueguês

Tankar om Ordet Menneske. (Tradução Alf Saltveit). Oslo: Solum, 1992.

Sueco

Natten och rosen (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: Norstedt & Söners, 1966.
En ros at folket. (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: P.A. Norstedt & Söners, 1980.
Fran oxens tid. (Tradução de Arne Lundgren). Estocolmo: P.A. Norstedt & Söners, 1985.
Tvarsnitt. (Tradução Arne Lundgren). Estocolmo: Nordan, 1987.
Ljuset Spranger Natten. (Tradução Arne Lundgren). Lysekil: F. Forlag, 1990.

Tcheco

Fyzika strachu. (Tradução de Vladimir Mikes). Praga: Odeon, 1967.


TRADUÇÕES

Uma gota de veneno (Thérèse Desqueyroux), de François Mauriac. R. de Janeiro: Pongetti, 1943.
As relações perigosas (Les Liaisons dangereux), de Choderlos de Laclos. Porto Alegre: Globo,1947.
Os camponeses (Les Paysans), de Honoré de Balzac. In: A comédia humana. Porto Alegre: Globo, 1954.
A fugitiva (Albertine disparue), de Marcel Proust. Porto Alegre: Globo, 1956.
Dona Rosita, a solteira ou a linguagem das flores (Dona Rosita la soltera o el lenguaje de lãs flores), de Federico García Lorca. R. de Janeiro: Agir, 1959.
Beija-Flores do Brasil (Oiseaux-mouches Orthorynques du Brésil), de Th. Descourtilz. R. de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1960.
O pássaro azul (L'Oiseau bleu), de Maurice Maeterlinck. Rio de Janeiro: Delta, 1962.
Artimanhas de Scapino (Les Fourberies de Scapin), de Molière. R. de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1962.
Fome (Sult), de Knut Hamsun. R. de Janeiro: Delta,1963.


LIVROS EM BRAILE:

Boca de luar. São Paulo: Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 1985.
Corpo. São Paulo: Fundação para o Livro do Cego no Brasil, 1990.
Sentimento do mundo. São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2000.

SOBRE O AUTOR:

Esfinge Clara - Garcia, Othon Moacyr (1955) - RJ.
Palavra puxa palavra em C. D. de Andrade - Garcia, Othon Moacyr (1955), RJ.
A rima na poesia de C. D. Andrade - Martins, Hélcio (1968) - RJ.
Drummond: a estilística da repetição - Teles, Gilberto M. (1970) - RJ.
Drummond rima Itabira mundo - Moraes, Emanuel de (1971) - RJ.
Terra e família na poesia de C. D. Andrade - Coelho, Joaquim-Francisco (1973) - RJ
Verso universo de Drummond - Merquior, José Guilherme (1975) - RJ.
Drummond de Andrade - Santiago, Silviano (1976) - Petrópolis.
A dramaticidade na poesia de Drummond - Schüler, Donald (1979); Porto Alegre.
Drummond: Análise da Obra - Sant'Anna, Affonso Romano de (1980); RJ.
Ó de Itabira (poema) - Accioly, Marcus (1980) - RJ.
Bibliografia comentada de Carlos Drummond de Andrade (1918-1930). Py, Fernando (1981) - RJ.
El erotismo en la poesía de Carlos Drummond de Andrade - Etcheverry, Manuel Graña (1990) - Buenos Aires.

(entre outros).